Zami — Assim Reescrevo o Meu Nome é um livro de memórias, da infância à maturidade, que acompanha o crescimento de uma menina muito míope e solitária que virá a torna-se a fulgurante poeta «negra, lésbica, feminista, mãe, guerreira» Audre Lorde. Mais do que um relato autobiográfico, em Zami ecoam as mitologias maternas, do pentear dos cabelos à longínqua terra ancestral de Carriacou, lendária pelo amor, força e beleza das suas mulheres. Emergem das recordações de Audre imagens ternas e violentas, diálogos mudos, os primeiros poemas, a vida a expandir-se a cada encontro, o desabar doloroso de cada partida, a descoberta do amor entre mulheres, o erotismo, a resistência à pobreza, ao racismo sistémico, as roupagens e experiências da subcultura queer nova-iorquina dos anos 1950. Uma história indissociável das mulheres que a atravessaram — a mãe, as amigas, as amantes — e que deixaram a sua marca profunda, a sua «tatuagem emocional», na identidade de Audre Lorde. |