É essa fruição que se acende e perdura na memória, tornando-a presente e viva, quando ilumina, realmente, aquelas parcelas do real tantas vezes distraidamente obscurecido. Estes poemas cumprem, de algum modo, um dos sentidos da poesia, tal como defendeu Seamus Heaney: «reparar o que está danificado». Portanto boa parte do mundo, podemos dizer. Assim, difícil não será ler estas fagulhas, estas cintilações poéticas, que nos oferece Frias de Carvalho, à luz daquela outra metáfora bruxuleando no poema de Jorge de Sena. |