Escritos em pleno século XVIII, marcados pela mundivisão iluminista dos philosophes franceses, os escritos que aqui se traduzem discutem a ideia de uma Natureza viva e sensível, capaz de produzir a diversidade dos seres, a par da ordem que os unifica. Na busca de uma nova ciência, propõem experiências de pensamento, em torno de núcleos imagéticos eloquentes, átomos, estátuas, abelhas, aranhas, cravos, livros, mosteiros; suscitam argumentos filosóficos, científicos, teológicos, a favor ou contra uma explicação puramente materialista, na qual Deus resulta adiáforo e o homem perde os privilégios metafísicos; procuram inventar uma outra prosa do mundo, misturando textualidades e enfrentando os principais interditos da época; esbatem fronteiras disciplinares e sociais, em nome do desejo de saber e do direito universal de satisfazê-lo. Críticos e controversos, são essenciais para pensar o sentido da Modernidade. |