Em Nem tudo no mar é água, a autora conta estórias da sua meninice, passada na ilha do Faial, onde nasceu, em 1958, e do Pico, espaço-tempo de férias. O seu olhar, que é tanto ingénuo quanto mordaz, mostra ao leitor de hoje um mundo rico e multifacetado onde o mar, o oceano Atlântico, tem uma presença muito forte, a memória recente dos vulcões (o sismo dos Capelinhos no Faial é de 1957), a vida familiar, as dificuldades do isolamento insular e do contexto nacional (o salazarismo). Um tempo a redescobrir por uma escritora que faz nesta obra a sua primeira incursão literária. |