Duas linhas de análise percorrem, de maneira transversal, o presente livro. Por um lado, estuda-se o Tribunal da Fé como instituição, isto é, a sua evolução interna, o seu sistema de governo, a comunicação que estabeleceu com a coroa, os vínculos de colaboração e de conflito que manteve com as outras instituições e poderes e os projectos de reforma do tribunal planeados pela monarquia. Por outro lado, frente ao tradicional interesse pelas vítimas, devolve-se o protagonismo aos inquisidores gerais e deputados do Conselho Geral do período filipino, com o objectivo de conhecer as suas origens sociais e carreiras político-eclesiásticas, as suas relações familiares e clientelares e os seus vínculos com a monarquia. |