ESTADO NOVO E UNIVERSIDADE : A PERSEGUIçãO AOS PROFESSORES

Estado Novo e Universidade : A Perseguição aos Professores
 

AUTOR/-A: 

ROSAS, FERNANDO
SIZIFREDO, CRISTINA

EDITORIAL: 

TINTA DA CHINA

ISBN: 

9789896711733

EDICIÓ: 

1

DESCR. FÍSICA: 

144 p. 19 cm

DATA PUBL.: 

01-09-2013

IDIOMA: 

por 
$ 14.00

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Libro
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Ed. corrigida e ampliada com novas informações da brochura: A Depuração Política do Corpo Docente das Universidades Portuguesas durante o Estado Novo (1933‑1974).

A Perseguição aos Professores conta a história de todos aqueles que, por motivos políticos, se viram impedidos de aceder à docência universitária, foram afastados dos seus centros de investigação, impossibilitados de progredir nas carreiras académicas ou compulsivamente exonerados das suas funções como investigadores ou professores das universidades portuguesas durante a Ditadura Militar e o Estado Novo.
A depuração política do corpo docente universitário ou de quem a ele pretendia aceder, quase sempre fundamentada em informações da polícia política, atingiu um largo espectro de investigadores ou docentes, muitos dos quais representavam, nos seus sectores – na matemática, na medicina, na economia, na física, na agronomia, nas ciências humanas –, o escol do pensamento científico português. A perseguição política desses elementos por parte de um regime que considerava a liberdade de opinião e de expressão, e portanto a liberdade científica, como incompatíveis com a segurança do Estado, acarretaria nefastas e duradouras consequências para o desenvolvimento científico em Portugal.
Muitos dos investigadores e docentes perseguidos pelas suas convicções políticas viram-se forçados ao exílio em vários países da Europa e da América Latina, ou nos EUA, onde livremente puderam exercer o seu múnus científico. E aí semearam a marca indelével do seu saber, deixando aos países que os acolheram aquilo que foram impedidos de oferecer ao seu.
Não parece possível abordar o problema da depuração política das universidades sem se compreenderem as relações do Estado Novo com o saber científico e académico e, portanto, com as universidades, depositárias tradicionais desse conhecimento e órgãos por excelência da sua reprodução. Tenhamos presente que no projecto político, ideológico e cultural da «política do espírito», delineado no rescaldo do plebiscito constitucional de 1933 com a criação do Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), virá a ser atribuído um papel claramente periférico e subalterno ao saber académico, à cultura científica e às universidades de uma forma geral.
 
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