ARMA CRÍTICA |
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$ 22.00
Según respuesta
del editor |
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É interessante como João Rendeiro nesta obra se revela crítico do paradigma académico identificado pela “síntese neoclássica” e assente no princípio da racionalidade do “homem económico” que, estatisticamente, “comportar-se-ia como uma distribuição normal e os modelos econométricos que representavam tinham um comportamento estocástico perfeito”. Por isso reconhece “a implosão dos modelos estatísticos” perante a incapacidade de explicarem “as crises, sobretudo se graves”. O Autor não é um personagem fora do palco dos acontecimentos, nem ao longo das duas centenas de páginas revela qualquer preocupação com qualquer neutralidade académica. Pelo contrário, situa-se no enredo, escalpeliza os personagens e identifica as relações que entre elas se estabelecem. Porém, fá-lo com o conhecimento de uma experiência acumulada, o domínio das técnicas do negócio financeiro e a sustentação da teoria económica que continua a dominar. Neste aspecto, não é muito usual encontrar quem consiga combinar aqueles três pilares do conhecimento. João Rendeiro conhece bem os meandros da política e dos negócios em Portugal e não se coíbe de tomar posição, quantas vezes em contracorrente ao mainstream construído diariamente entre política, negócios e media. É esta atitude que o distingue do discurso politicamente correto que domina o dia a dia desta minúscula praça financeira sedeada em Lisboa. Quando estes meios são de reduzida escala tudo se torna mais previsível, salvo as tempestades financeiras que a globalização faz chegar ao mais recôndito lugar do mundo, principalmente quando a sua exposição é inversamente proporcional ao seu tamanho e relevância. |
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