A CPLP: QUE FUTURO? |
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Según respuesta
del editor |
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Na última década, assistiu-se à deslocação do centro político de gravidade da CPLP em direção ao sul do mundo, como consequência da vitória do neoliberalismo, da força motriz das potências emergentes, da integração na economia mundial dos países do antigamente chamado “Terceiro Mundo”, e do peso do factor energético nessa mesma economia mundial. Essa deslocação teve como atores principais o Brasil e Angola, movidos pelo poder do petróleo, a que aderiram os outros países-membros da CPLP, situados no hemisfério sul, também eles fontes de energia e de importantes recursos naturais. Esta deslocação para sul do centro político de gravidade da CPLP seria acompanhada de uma descaracterização de um dos fundamentos originários da Comunidade - a língua portuguesa -, cuja expressão mais sintomática foi a adesão da Guiné Equatorial à organização, em 2014. A “visão culturalista” que servira de alicerce à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa via-se, assim, substituída por uma “visão economicista”, a que aderiu a maioria dos seus membros. Esta “visão economicista”, proporcionada pela pressão das economias emergentes e facilitada pelo recuo na região da Europa e dos EUA, feridos pela grande recessão, teve como corolário o reforço da cooperação Sul-Sul e das relações bilaterais dos países-membros da CPLP, do hemisfério sul, com as potências asiáticas ou euro- asiáticas emergentes, em particular, com a “incontornável” China, a “grande» Índia e a Rússia “imperial”, hoje com marcada presença estratégica em todo o espaço da lusofonia. A competição entre as potências que, desde então, se tem vindo a desenvolver, o enfraquecimento das instituições multilaterais, o retorno do protecionismo e do unilateralismo, e a deriva ideológica das relações internacionais, para além de outras conhecidas ameaças, suscitam várias interrogações sobre o futuro da CPLP, mormente quanto à sua sobrevivência, ao seu modelo de funcionamento e à sua orientação estratégica. Ao invés da estratégia Euro-Atlântica, que durante anos procurou afiançar o predomínio de Portugal nesse espaço, poderão ser as dinâmicas de uma nova dimensão da “parceria Sul-Sul” - em que a China assume especial relevância, com a iniciativa global “Nova Rota da Seda” -, aquelas que mais oportunidades têm de se afirmar. Porventura, serão estas dinâmicas que, vindas de fora, mais poderão influenciar os destinos da CPLP, desde logo, decididos a sul.» |
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